Avivamento (II Crônica 7.14)

Quando nasce uma Mãe

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Lembro bem das minhas brincadeiras de infância: pega-pega, pula corda, esconde esconde, escolinha…. Mas de todas, a minha preferida era brincar de casinha, eu tinha uma boneca preferida, na minha cabeça eu era aquela boneca. Não sei ao certo se vivia o presente de uma brincadeira inocente, ou se sonhava com o meu futuro, na minha casinha, eu era a mais linda, tinha um marido lindo e carinhoso, uma casa bonita e também era mãe, eu cuidava dos meus filhos, que as vezes eram imaginários, ou eram outras bonecas…. Como era plena minha vida dentro daquela brincadeira de casinha, lá eu não tinha problemas no casamento meus filhos eram obedientes, não adoeciam, eu cozinhava e minha comida era sempre deliciosa! Ah que saudades de ser aquela menina de novo…. Hoje, já uma mulher, vivo diariamente minha brincadeira de casinha, com uma diferença: Não é mais brincadeira!

Às vezes me pergunto: Quando me tornei mãe?

Em que momento aquela menina saiu de cena e estreou a mulher, a mãe?

Não tenho respostas para muitos questionamentos que me faço, mas posso afirmar com certeza o exato momento que entendi a importância da maternidade. Com o nascimento da minha primeira filha aprendi grandes lições, mas a primeira delas foi ainda na sala de parto; Lembro que fiquei o tempo inteiro acordada e consciente durante a cirurgia, ouvindo tudo que os médicos conversavam, hora meu olhar se perdia em meio a minha ansiedade, em outros momentos meu olhar encontrava com o da minha mãe, que estava ali ao meu lado, me fazendo um cafuné e dizendo: Calma filha, eu já passei por isso, vai dar tudo certo, e um dia você estará aqui no meu lugar acalmando a sua filha.

Mãe enxerga além, sente com profundidade e naquele momento a minha mãe foi minha segurança. Por um instante houve um silêncio na sala de parto, os médicos que antes conversavam ficaram quietos, falavam baixinho entre si e eu sabendo que minha filha já havia nascido, me perguntava: Onde ela está? Cadê aquele choro de bebê que vemos nas novelas?

Veio uma médica e disse:
Mamãe, por favor respire bem fundo agora!

Eu não entendi direito, por que daquele pedido, mas eu obedeci… Respirei fundo e quase que ao mesmo tempo ouvi o primeiro choro, ali foi o nosso primeiro contato. Chorei como aquela menina que brincava de boneca, me senti tão importante, entendi que aquele momento de nascimento era também um momento de morte e que de mim dependeria aquele ser tão frágil e inocente. Minha respiração profunda deu a minha filha o ar para respirar, ainda ligada pelo cordão que só foi cortado depois do primeiro choro!

Ainda hoje sofremos o rompimento desse cordão em várias fases da minha vida de mãe, e por isso hoje eu sei que foi quando eu respirei fundo que nasceu em mim uma Mãe.

Feliz Dia das mães!
Deus abençoe com saúde, graça e sabedoria as nossas mamães.

Uma homenagem a todas as mães da Primeira Igreja Batista em Tibiri II.

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